15 de novembro de 2010

Muitos acontecimentos

Mesmo estando de férias, na quarta-feira, precisei ir para Angra dos Reis participar da audiência pública para apresentar o projeto de construção de uma emissário submarino que vai interligar o Terminal da Transpetro ao píer de atracamento dos navios. Choveu muito em Angra neste dia e como a audiência pública terminou as 23h, precisei dormir por lá mesmo. No caminho até o hotel, era possível verificar os estragos que a chuva havia causado na Rio Santos, pois muita barreira e pedra haviam caido na pista. Esta situação me deixou muito preocupada pois não sabia como poderia estar a estrada na volta e confesso que demorei muito para pegar no sono. Choveu a madrugada inteira e pela manhã bem cedinho, já retornamos ao Rio e a estrada estava um pouco complicada. Graças a Deus cheguei em casa antes da hora do almoço.

No sábado realizamos um evangelismo e ação social no Parque Vila Nova, mais conhecido como Comunidade do Lixão, em Duque de Caxias. Levamos enfermeiros para medir pressão, glicose e fazer a aplicação de flúor. Preparamos três panelões de sopa de ervilha, além de cachorro quente, doces e biscoitos para distruibuir para as crianças da comunidade.

Fiquei no grupo que fez o evangelismo em algumas casas e como não havia nenhum pastor no meu grupo, confesso que fiquei um pouco temorosa, pois não poderia saber como lidar com determinadas situações. Mas em oração pedi a Deus que estivesse conosco e que as pessoas fossem receptivas a nossa visita.  

A principio fomos divulgar a ação social e aproveitamos para perguntar se alguém gostaria de oração por alguma causa específica. Fiquei impressonada pois todas as casas que visitamos, as pessoas foram muito receptivas e quando encostava a mão nas pessoas ou abraçava, estas começavam a chorar. Fiquei impactada quando um pai de oito filhos, começou a chorar copiosamente, dizendo que precisava largar o vício da bebida e que sua esposa estava com síndrome do pânico. Oramos e ambos aceitaram Jesus. Deixamos claro que a caminhada com Deus é algo devagar e aos poucos estes vão largando todos os vícios e que são situações que não acontecem de uma hora para outra.

Percebi o quanto as pessoas são carentes de amor, de afeto e o quanto a depressão tem atingido as pessoas, mesmo as mais carentes. Numa outra casa, encontramos um rapaz que era desviado da igreja e que estava sem forças para voltar. Também oramos e ele se comprometeu a voltar para os caminhos do Senhor. Aproveitei para orar por uma senhora que estava com uma ferida muito feia na sua perna e creio que ela será curada em nome de Jesus.

Sempre que fazemos este trabalho, saímos com a sensação de que fomos mais abençoados do que abençoadores e fico pensando no quanto estaria arrependida, caso deixasse o medo me dominar e ficasse somente na distribuição do sopão de ervilha, como a princípio gostaria de ficar. 

Outro fato interessante aconteceu na ida e na volta deste trabalho. Na ida uma menina da minha igreja sentou do meu lado e começou a compartilhar o quanto é difícil ser solteira e cristã. Compartilhei algumas experiências que eu tive no meu tempo de espera, até começar a namorar o Serginho e me comprometi a orar pela sua vida sentimental. Na volta a mesma coisa, uma outra menina, começou a compartilhar comigo sobre o mesmo assunto. 

Há um tempo atrás escrevi aqui no blog que Deus havia ministrado ao meu coração o desejo de trabalhar com famílias e senti que é a hora de iniciar um trabalho com as meninas solteiras da minha igreja. O mundo tem oferecido "migalhas" e muitas pessoas tem sido atraídas por falsas promessas. As pessoas não querem compromisso sério e muitas tem atropelado etapas da sua vida. Senti na pele o que é namorar anos e querer casar e a pessoa que está do seu lado só querer saber de farra, de ficar com outras mulheres e quando me converti não quis voltar de jeito nenhum para este tipo de relacionamento. Esperei dois anos, sem ninguém até começar a namorar o Serginho e não me arrependo. Hoje podemos vivenciar a fidelidade de Deus no nosso relacionamento. Qualquer outro dia conto meu testemunho de conversão e como comecei a namorar meu esposo. É algo muito tremendo...

Mas este trabalho com as meninas solteiras, é algo para orar, pedir a direção de Deus e é claro conversar com o meu pastor. 

Deus abençoe,

Juliana.

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