29 de junho de 2011

Quinto mês de gestação

Já estou no quinto mês de gestação e como passa rápido! Agora não dá mais para esconder a barriga e fico muito feliz por isso.

Já comprei o kit berço na cor lilás e branca e mudei a faixa decorativa do quartinho da Helena. A princípio seria de ursinhos, mas encontrei uma faixa de safári com muitos bichinhos e colorida que achei uma graça. Ah, já comprei a roupinha que ela vai sair da maternidade e é muito fofa.

Já sinto um pouco de dificuldade para me posicionar na hora de dormir, além de sentir sempre uma pressão muito grande na barriga. Meu obstetra disse que preciso levantar mais devagar e fazer as coisas com mais calma.

Já defini a data de realização do chá de fraldas e será no dia 03/09 (sábado). Estou vendo um local para receber a família e as amigas. Defini que eu mesma farei os convites e também as lembrancinhas e estou adorando fazer esta parte, já que sempre fui uma “topeira” para trabalhos manuais, além da economia ser absurda.
  
Helena continua ganhando muitos presentes e um dos últimos foi uma pulseira com o seu nome gravado, presente da bisavó Edite. Uma coisa!

Amanhã tenho uma ultrassonografia morfológica e estou muito ansiosa para ver minha princesa. Esta ultra é mais demorada que as demais e é para verificar cada órgão do bebê.

E neste sábado tenho o curso de gestante na maternidade que terei minha princesa. Tenho certeza que vai ser bem legal.

Mudando de assunto: este mês eu e Serginho fomos padrinhos de casamento do Henrique e da Priscila e foi bem legal. O noivo estava emocionadíssimo e foi motivo para que Serginho e Maicon caíssem na “pele” dele. Segue abaixo uma foto deste dia.

Com carinho.

Juliana.

Papai, mamãe e Helena na barriga.

6 de junho de 2011

Uma semana sem a vó Léa

Hoje completa uma semana que a vó Léa foi embora. Parece que a ficha ainda não caiu. Ela foi internada vítima de uma isquemia cerebral, foi direto para o CTI, apresentou melhora, foi para o quarto, seu quadro se agravou, ela retornou para o CTI e ai não teve mais forças para viver.


Durante o período que ela ficou internada, pude visitá-la algumas vezes e numa destas visitas, quando perguntei se ela estava me reconhecendo, ela me disse: - Sim é a Juliana e o bebê. Numa outra vez, ela me confundiu com a minha prima Andrea, que mora em Brasília. Era assim, ela alternava momentos de lucidez com momentos de alucinações.


Quando ela foi para o CTI pela segunda vez, um dia resolvi visitá-la, e percebi que seu estado estava muito grave. Neste dia não tive forças para falar nada, só falava com meu pensamento para que Deus não permitisse que ela sofresse daquele jeito. Ver sua avó toda entubada, respirando somente com a ajuda de aparelhos é algo muito difícil de se ver. Fiquei no CTI aproximadamente por 1 minuto.


Naquela noite, não consegui dormir direito, tive dois pesadelos horríveis, mas entendi que Deus estava falando ao meu coração: no primeiro pesadelo, todos os filhos e netos estavam sobre o seu leito e declarávamos palavras para a vó Léa e lembro que dizia para ela que a vontade de Deus era boa, perfeita e agradável e independente do que acontecesse, Ele estava no controle de tudo. Ela me falava assim: - Ju você quer que eu morra! E eu respondia: - De forma nenhuma vó. Deus sabe de todas as coisas e ele está cuidando da senhora.
No outro pesadelo, já via minha avó indo para o necrotério do hospital. Acordei com uma sensação horrível  e achei melhor ficar na sala, pois fiquei com medo de todo este estresse prejudicar o bebê. 


No outro dia fui trabalhar muito cansada e liguei para um amigo meu que é pastor e ele confirmou os meus pesadelos. Segundo ele quando foi orar minha avó no hospital, Deus já havia falado ao seu coração de que estava preparando a família para levá-la. 


Retornei ao hospital no final de semana e seu estado havia se agravado e o médico na sua franqueza, nos disse que era para esperar pelo pior, pois ela não estava reagindo a nenhum medicamento. Saímos do hospital muito tristes, mas em nenhum momento falei com ninguém do que Deus havia falado ao meu coração.


Na segunda-feira a noite (uma semana após os meus pesadelos), numa das nossas visitas ao hospital, meu pai já se encontrava lá e nos chamou para falar que o médico disse que o estado dela era gravíssimo e que ela tinha tido uma parada cardíaca e eles estavam tentando reanimá-la. 


Pelos olhos do meu pai, percebi que e a coisa era muito séria e numa bobeada, minha mãe entrou com tudo pelo CTI para saber notícias e pelo vidro, vi os médicos trazendo a minha mãe e pedindo meu pai para entrar. Por eu estar grávida, fui impedida de ficar dentro do CTI. Ali percebi que minha avó havia falecido. Quando minha mãe saiu do CTI aos prantos, foi confirmado tudo o que Deus havia falado ao meu coração. 


Perguntei a minha mãe e ela confirmou. Na hora você sente um gelado por dentro, não querendo acreditar no que estava acontecendo. Mas Deus é tão fiel na minha vida, que neste momento fui tomada por uma paz, que excede todo o entendimento, que consegui ligar para os meus parentes e dar a péssima notícia. Aliás é horrível você ligar para seus familiares e dar uma notícia dessas. Aos poucos o hospital foi ficando lotado conforme as pessoas ficaram sabendo da notícia. 


Resolvemos fazer o velório e enterro somente no outro dia e ali percebi quem são os verdadeiros amigos. Muitas pessoas ligaram dizendo que não poderiam estar presentes e pessoas que eu nem imaginava estiveram presentes na cerimônia. Isto me deixou bastante emocionada.


O que me tranquilizou bastante, foi que no leito ela decidiu se batizar, dando este privilégio para o seu neto e meu primo, o pastor Gustavo. 


Hoje passado uma semana, a saudade é muito grande a sensação de que você deveria ter tido mais tempo para ela, que você deveria ter ligado mais, visitado mais ficam martelando na minha cabeça. Por isso procuro falar várias vezes ao dia com a minha mãe. Quero saber como ela está, o que está fazendo, se ela não quer dar uma volta comigo, dentre outras coisas. 


Fica ai a dica, não deixe que a sua rotina atrapalhe a convivência com um familiar ou com um amigo. Procure sempre ligar ao menos para saber como ele está. Simples assim mas que faz uma diferença danada na vida de alguém.


Deus abençoe.


Com carinho,


Juliana.